31.10.05


A tristeza só existe para quem acredita e se conforma com ela!

Se errar é humano porque choras a cada erro?
A cada derrota não lágrimas, mas cabeça erguida, experência adiquirida e força para continuar.
Nem pai nem mãe, nem escola nem igreja, nem livros nem discos. Só a vida nos ensina realmente a viver.
Descubra a natureza, descubra o mundo. Descubra a vida, descubra você.

30.10.05

Desarmamento
Luís Fernando Veríssimo

Eu tenho o sono muito leve, e numa noite dessas notei que havia alguém andando sorrateiramente no quintal de casa.
Levantei em silêncio e fiquei acompanhando os leves ruídos que vinham lá de fora, até ver uma silhueta passando pela janela do banheiro.
Como minha casa era muito segura, com grades nas janelas e trancas internas nas portas, não fiquei muito preocupado mas era claro que eu não ia deixar um ladrão ali, espiando tranqüilamente.
Liguei baixinho para a polícia, informei a situação e o meu endereço. Perguntaram-me se o ladrão estava armado ou se já estava no interior da casa. Esclareci que não e disseram-me que não havia nenhuma viatura por perto para ajudar, mas que iriam mandar alguém assim que fosse possível.
Um minuto depois liguei de novo e disse com a voz calma:
- Oi, eu liguei há pouco porque tinha alguém no meu quintal.Não precisa mais ter pressa. Eu já matei o ladrão com um tiro da escopeta calibre 12, que tenho guardada em casa para estas situações. O tiro fez um estrago danado no cara!
Passados menos de três minutos, estavam na minha rua cinco carros da polícia, um helicóptero, uma unidade do resgate , uma equipe de TV e a turma dos direitos humanos, que não perderiam isso por nada neste mundo.
Eles prenderam o ladrão em flagrante, que ficava olhando tudo com cara deassombrado. Talvez ele estivesse pensando que aquela era a casa do Comandante da Polícia.
No meio do tumulto, um tenente se aproximou de mim e disse:
- Pensei que tivesse dito que tinha matado o ladrão.
Eu respondi:
- Pensei que tivesse dito que não havia ninguém disponível

28.10.05

Mataram o governo!

À primeira vista, parece que o referendo foi uma grande vitória da democracia. O povo é soberano.
Analisando mais profundamente, percebe-se que a vitória do NÃO reflete a legitimação cada vez maior do Estado neoliberal, ou seja, a quem venceu na verdade foi a ditadura, a ditadura do capital.

O resultado das urnas mostra que o povo não acredita que o Governo seja capaz de garantir sua segurança. E os cidadãos demonstram que não pretendem pressionar para que o poder público cumpra seus deveres.

A conclusão é que a política perde. As pessoas não acreditam mais que possam mudar as coisas através dela. Assim aceitam que se entregue todo poder à economia, que deve ser livre, regulada apenas pelas leis do mercado.

Difícil é encontrar uma saída para as desigualdades e injustiças sociais num mundo à mercê dos interesses dos grandes capitalistas.

27.10.05

Diversidade Cultural

Cultura não é mercadoria
Emir Sader

A Unesco aprovou na semana passada, com pouquíssima repercussão na imprensa brasileira, a Convenção sobre Diversidade Cultural. A resolução foi apoiada por 148 países, com 2 votos contra – EUA e Israel, para quem os intercâmbios culturais deveriam ser regidos pelas mesmas leis do comércio internacional.

26.10.05

Tá difícil atualizar esse blog todo dia. O tempo tá escasso.
Vou mandar uns vídeos hoje. Estão no site Porta Curtas, patrocinado pela Petrobrás, que disponibiliza vários curta-metragens para serem assistidos gratuitamente pela Internet.

Uma iniciativa simples, mais muito importante. É muito gratificante ver a cultura livre, pena que nem todos têm acesso a Internet. Contra a mercantilização da cultura!

Assistam:

Ilha da Flores- Um ácido e divertido retrato da mecânica da sociedade de consumo. Acompanhando a trajetória de um simples tomate, desde a plantação até ser jogado fora, o curta escancara o processo de geração de riqueza e as desigualdades que surgem no meio do caminho.


Aquarela- Com trilha homônima de Toquinho, Vinicius, Morra e Fabrizio, o filme faz uma metáfora entre a vida, do nascimento à morte, e uma pintura de aquarela que, com o tempo, descolore.

E muitos outros!

Dia Nacional de Luta Pelo Passe Livre (26/10)

Pela segunda vez o Movimento Passe Livre estará puxando uma manifestação nacional. Nesta quarta-feira, dia 26 de outubro, estão previstos protestos em diversas cidades do Brasil.

O dia, inspirado na data da aprovação da lei do passe livre em Florianópolis em 2004, foi escolhido no 2o Encontro Nacional do MPL, ocorrido em Campinas, julho. A primeira aparição nacional coordenada aconteceu na semana do dia 28 de março (dia do estudante), conforme combinado na Plenária Nacional do MPL, em janeiro deste ano.

Já estão confirmados protestos em Blumenau, Criciúma, Joinville e Florianópolis (SC), Distrito Federal, Salvador (BA), Fortaleza e Maracanaú (CE). São Paulo (SP), por ser uma cidade muito grande e com divisões locais do movimento, fará três manifestações - dias 25, 26 e 27. Outras cidades que mantém lutas pelo passe livre também participam dos protestos simultâneos como Goiânia (GO), VITÓRIA (ES), Aracaju (SE) e Curitiba (PR).

Além de repudiar a ação do Ministério Público catarinense, que ao lado da Prefeitura de Florianópolis tenta barrar a lei do passe livre, o MPL pretende queimar várias catracas, representando a reivindicação máxima do movimento que é retirar o transporte coletivo da iniciativa privada e transformá-lo em público e gratuito de fato.

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Por falta de tempo peguei esse texto no Centro de Mídia Independente
E viva o copyleft!
\o/

Mais informaçoes sobre o movimento no Espírito Santo:
Copelutas
Boletim CMI nas Ruas (em pdf)
Comunidade no Orkut

24.10.05

Matar ou morrer. Matar e morrer.


Armar-se é uma solução individual para um problema coletivo, que é a violencia.
O direito de ter armas eh uma babaquice que só vale pros ricos!

Juntem seus vizinhos dos edifícios de luxo e formem suas milícias!
Pode fuzilar quantos quiser, sempre existirão outros pra matá-lo, com armas mais poderosas que as suas, compradas com o dinheiro que seu filho gastou com drogas.

E quanto mais você explora, mais você ganha. E sugando do outro você se torna maior, e pisando nos outros você sobe pro seu mundo superior, mesquinho. Você acha que pode comprar tudo e acha que a miséria é culpa deles, os incompetentes que não sabem lucrar.

Mas nem tudo se compra. Viva seu mundinho enquanto seu império ainda não ruiu. Talvez só quando o revólver estiver armado, em punho daquele que você sempre destratou, munido de pólvora e ódio, você perceba que seu dinheiro não serve mais pra nada. E só por alguns segundos, na efemeridade entre vida e a morte, no instante entre o apertar do gatilho e o disparar da arma vocês se arrependa de tudo que fez e deixou de fazer. Tarde demais. Sobre seu ataúde haverá mais flores que choros, mais indiferença que saudades. Seu champagne fará mais falta que sua prensença.

Seu próprio egoísmo é que te mata!!! Seu revólver está mirado pra sua própria cabeça. Você sabe disso, mas finge que não vê!

Pátria amada Brasil?

Nove horas e trinta e sete minutos da manhã de domingo. Zé Brazuca desperta. Dia de descanso. Ufa! Trabalhar de segunda a sábado num é mole não. Lavou o rosto e foi à padaria comprar pães e leite pro café da manhã. Apanhou também algumas cervejas pra assistir ao jogo do Brasileirão à tarde.

-Por que não?
- Hoje é dia de votação, não podemos vender bebida alcoólica até as 17 horas.
-Droga!

Chegou em casa puto. Era dia 23 de outubro, dia de votar no tal "referendo do desarmamento". Estragaram seu domingo. Além de não ter cerveja à venda não tinha jogo de futebol, pois a rodada foi toda antecipada para sábado.

Foi logo se livrar do encargo do voto. Ia votar no sim. Afinal, "armas matam, quanto menas armas, menas mortes".

Perguntou pra esposa qual era o número do sim . Era o dois. Aproveitou que não tinha fila. Entrou na seção cabisbaixo e respondeu o bom dia da mesária apenas por educação. Digitou as teclas com a mesma (falta de) emoção com que apertava os parafusos na fábrica.

No caminho de volta, a dúvida: "votar é um direito ou um dever?"

Parou na banca e comprou um jornal popular. Leu a parte de fofocas e a editoria de polícia. Almoçou, tirou uma soneca e depois assistiu ao programa do Gugu.
Mais à noite anunciaram na TV que o não venceu. Mais uma dúvida! Gastaram dinheiro, retardaram o início da novela durante algumas semanas por causa da propaganda, encheram o saco nos jornais todos os dias e estragaram seu domingo pra deixar tudo do mesmo jeito que estava antes?

-Eu hein? Político é tudo doido. Num faz nada direito.

Chamou o vizinho e foi pro bar tomar uma gelada.

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"Impunidade usada pra vencer
comprada com seus votos
e sua omissão
legislar ou pedir pão
não seja tão honesto
ou irá morrer"
Música: Tão Iguais Banda: Dead Fish

22.10.05

Eu sei o que vocês fizeram no jornal passado...


É impresionante como o jornal A Gazeta publica constantemente um caderno especial sobre ensino superior. Sim, é um tema pertinente, uma dúvida cruel que atormenta milhões de jovens brasileiros.

O problema é a forma com que o tema é tratado. O caderno publicado nesta sexta-feira parece um informe publicitário das faculdades privadas, que estão abrindo o processo seletivo pra 2006. Existem "matérias" sobre 17 centros de ensino superior particulares. Sobre a UFES, apenas algumas dicas a respeito do vestibular. É interessante observar também as propagandas desse caderno especial. Dentre essas 17 faculdades, 16 são anunciantes. Ou seja, o objetivo desse encarte extra-ordinário é exclusivamente faturar!

A UNIVIX, instituição relativamente grande no estado, anuncia mas não possui nenhuma reportagem no caderno. Estranho? Não. Explica-se: na própria propaganda, a UNIVIX avisa ao leitor que no dia segunite (sábado) sairá em A Gazeta um caderno especial sobre seus cursos, projetos de extensão e processo seletivo.

Mas não é só isso. Folheando o jornal, percebe-se que todas as matérias locais são assinadas pelos jornalistas. Nesse caderno não. Será porque os textos são meramente reprodução de press-releases enviados pelas assessorias de imprensa das entidades de ensino?

Enquanto veículos de comunicação fazem publicidade reforçada com a credibilidade do jornalismo, temas como a reforma universitária, o descaso com o ensino público, os problemas gerados pela mercantilização da educação e a existência de faculdades "pilantrópicas" não são retratadas pela mídia.
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E não são só as faculdades que se beneficiam dessa venda de espaços jornalísticos para fazerem propaganda. São comuns também cadernos especiais sobre temas como meio ambiente, patrocinados pelas grandes empresas como CST, CVRD, Samarco, Aracruz Celulose (que por sinal são grandes poluidoras!). Lamentável.

E as grandes empresas de jornalismo seguem como as porta-vozes da idelologia neoliberal. Vendidas! E vendedoras de um ideal.

21.10.05

A crise produzida pela mídia

Na noite de ontem rolou um debate sobre a cobertura da mídia na crise política. O evento faz parte da 3ª Semana Nacional pela Democratização da comunicação, que, no Espírito Santo, começou no dia 17 com um protesto dos estudantes na Praça Oito, centro de Vitória.

Estiveram discutindo no auditório do IC-4, na UFES, os professores Alexandre Curtiss (do departamento de Comunicação Social) e Mauro Petersem (departamento de Ciências Sociais).

Depois de uma contextualização da sociedade atual, ambos criticaram a grande mídia por estar atrelada ao grande capital. Isso gera a defesa dos interesses corporativos e da ideologia neoliberal. Curtiss afirmou que qualquer proposta que vá de encontro a esses interesses é rechaçada com veemência pela grande imprensa, quase sempre através de preconceitos e desqualificação de uma visão diferente da sua.

Quando criticada, ela se defende sempre com o mesmo argumento: atentado à liberdade de imprensa. Um grande sofisma. É preciso que se crie leis, não para censurar, mas evitar tantos abusos.

O professor Petersem fez exposição de diversas capas da revista Veja. A maioria ridicularizando a esquerda brasileira. Mostrou as capas das semanas próximas das eleições e da posse (antes e depois) de Lula. É impressionante. Ele conclui que o discurso já estava montado, só faltava acontecer algo errado para que a mídia atacasse.

Curtiss diz que a crise foi uma produção midiática. Não que os fatos tenham sido inventados, pois ocorreram de fato. Mas a transformação disso num imenso espetáculo foi feito pela imprensa. Ele ressaltou o "agenda setting", poder que o jornalismo tem de pautar a sociedade.

Foi consenso que o caminho para mudar a situação é extremamente difícil. Para Curtiss, seria necessário criar um plano de comunicação que ao menos "pulverizasse" o poder dos meios de comunicação hegemônicos e permitisse que a mídia alternativa se desenvolvesse.

20.10.05

SIM ou NÃO? Não, obrigado, eu voto NULO sim!

Eu voto nulo. Vejo esse referendo com grande indiferença.
Estamos desviando o foco do combate à violência. O SIM ou o NÃO faz pouca diferença.
Sou totalmente a favor de que a população se desarme. Eu disse: que a população SE desarme.
Mas sequer estamos votando o desarmamento. Quem possui armas legais não as perderá.
O voto é pelo fim do comércio legal enquanto o mercado negro segue abastecendo nosso país de armas. Ou seja não vamos desarmar nem bandidos nem cidadão honestos.
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A aquisição de armas legais é elitista. Um processo caro que só é acessível aos ricos. Ao pobre é negado o tal "direito de auto-defesa" que estaria sendo violado.
A campanha do NÃO pergunta se você está disposto a abrir mão de um direito seu. Sim, eu abro mão do direito de ter uma arma de fogo. E você?
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Achei, num tópico do Orkut, uma frase que sintetiza bem o que eu penso:
"Se armar é uma 'solução' individual para um problema coletivo... Corra atrás do seu direito, de sua desfesa, não de armas "

Existe alternativa ao modelo neoliberal?

O modelo de desenvolvimento neoliberal foi adotado pelos países latino-americanos, baseado no Consenso de Washington. Desde lá, o livre comércio e a ortodoxia econômica foram seguidos à risca por aqui. Mas os países desenvolvidos não cumpriram sua parte (e nem se deve esperar que passem a cumprir).

Desse modo, a situação de miséria se agravou ainda mais, gerou insatisfação em vários países e culminou na eleição de muitos governos de esquerda. Alguns tentam reformas sociais respeitando os ditames dos países de Primeiro Mundo, outros optaram por um rompimento mais forte como é o caso da Venezuela.

Em missão oficial ao Brasil, o Ministro da Economia Popular da Venezuela, Elias Jaua, declarou que o país está apostando no desenvolvimento econômico interno como alternativa ao capitalismo oligopolista e global. O governo de Hugo Chávez quer aproveitar a alta no preço do petróleo para diversificar a economia, muito dependente da exportação do "ouro negro". A principal ferramenta para consolidar essa idéia é estimular a criação de cooperativas nas comunidades, respeitando a vocação de cada região.

Segundo Jaua, a intenção não é criar uma rede de cooperativas controladas pelo Estado. O Governo tem o papel de selecionar algumas áreas estratégicas para o desenvolvimento do país (como a produção de alimentos, já que 80% dos alimentos venezuelanos são importados) e financiá-los. Mas o resto seria definido pelos próprios trabalhadores.

Sua passagem pelo território brasileiro se deu por dois motivos. O primeiro foi conhecer experiências de micro-crédito, agricultura familiar, reforma agrária, cooperativas de trabalhores por aqui. A visita tembém busca apoio do Brasil para desenvolver esse modelo. O ministro destaca que o projeto não se sustentará isoladamente, por isso estão buscando alianças com outros países da América Latina, especialmente Brasil, Argentina e Uruguai. O objetivo é formar redes de intercâmbio, de comercialização e de complementaridade produtiva e possibilitar uma grande integração na qual "o povo tenha protagonismo ativo para a costrução de um modelo econômico solidário, diferente das políticas neoliberais que dominaram a América Latina nos últimos anos" afirmou Jaua.

Fonte: Agência Carta Maior
Para ler o texto original clique aqui
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Confesso que não tenho uma opinião muito formada a respeito do governo de Chávez na Venezuela. Tudo que sei é o que a mídia diz. E a cobertura é lamentável.
As grandes empresas jornalísticas tratam Chavéz como diabo e a imprensa alternativa, como Deus. Não acredito em Deus. Nem no diabo.

Mas duas coisas salvo como certas: 1- Chavéz governa legitimamente; 2- Seu governo tem a audácia de fugir do modelo imposto pelos neoliberais.
E estou convencido cada vez mais de que esse modelo que seguimos não nos gerará riqueza e sim uma dependência cada vez maior das nações hegemônicas.

16.10.05

A madrugada mais curta do ano

Hoje não tem rock. Não tem bebidas. Não tem ninguém. Esta noite eu sou minha própria companhia enquanto Ela não chega. Será só eu e Ela, que já adentra imperceptivelmente meu lar. Sem sequer pedir licença.

Dessa vez quem baila comigo é a grande Senhora, a Majestade do silêncio e da solidão. A madrugada é pior que a morte, pois teima em ir e vir todos os dias, tenaz a me torturar nos minutos que duram horas, na areia que parece nunca cessar na ampulheta.

Mas não fujo. Não hesito. O homem não pode temer seus inimigos. Será a madrugada minha inimiga? Creio que não. Hoje o que mais quero é estar com ela. Preciso estar com ela. Minha bela amante, quero tê-la até o fim. Quero brincar no teu doce jogo de sedução.

Não há música nem vinho. Não há requinte. Só um computador, uma TV e um copo de coca-cola.

A imensidão da Internet parece esgotar-se. As informações e os jogos não preenchem minh'alma. Não há mais ninguem para conversar no MSN. Só ela está aqui. Me observa e me seduz com a certeza de que serei todo seu. Vou buscar satisfazer-me na televisão.

Os meus passos ecoam no silêncio e na no vazio da sala. E esse vazio entra em ressonância com o meu interior, que quer esquecer que ama e é amado. Quero ficar só com ela. Ó cortesã, puta safada. Minha angústia compra teu prazer. E deleito-me estranhamente.

E vou assitir a um filme. Um drama. A história de um menino que descobre o amor e a amizade durante o tenso período da revolução cubana. Enquanto os homens se matam por dinheiro, poder e liberdade, para o pequeno só importa aqueles que moram em sua vila. Seu mundo é aquele. O meu é ainda menor. A cada lágrima na tela me lembro que estou a sós com a Grande Majestade. O final do filme é triste, mas meu coração petrificado não permite que minha face umideça.

Vou à varanda. Observo os prédios ao redor. Luzes apagadas. Que bom! Parece que ninguém mais está a sofrer como eu. Um riso sarcástico faz-se em meu rosto: "Não sabem o que perdem deitados em seus travesseiros", sussuro.

Volto à TV. Do outro lado do mundo, carros de corrida disputam a supremacia da velocidade. Se para eles cada milésimo significa uma eternidade, pra mim as horas passam numa pachorra entediante. É o Grande Prêmio da China. Lá já é dia. Mas o dia nada mais é do que o prelúdio de mais uma madrugada agonizante que está por vir.

Às 5h40min o céu já está clareando. E aos poucos a natureza me cede mais um espetáculo. As cores se fundem nesse melancólido alvorecer. E vou me despedindo de minha companheira. Amada e odiada, bela e leviana, angustiante e irresistível. Um beijo de morte com um sol já raiando ao horizonte. Mas com a certeza de que ressucitará e logo estará a fazer-me companhia novamente.

E tanta tortura se deu no dia 16 de outubro. Dia em que começou o horário de verão. Uma hora pra adinatar no relógio. Foi a madrugada mais curta do ano. Pra quem dormia. Porque pra mim pareceu a mais longa, mais dolorosa e mais prazerosa.

E mais uma madrugada se vai. E mais um dia insiste em nascer sabendo que Ela voltará...

Um universo em poucas palavras


Por mais rosas que os poderosos matem, nunca poderão deter a primavera.

Pois o futuro vos pertence!

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A profundidade de uma mensagem não depende de sua complexidade. A sensibilidade pode ser ativada com muita simplicidade.
Este post foi roubado do fotolog do meu amigo Rafael Abreu (copyleft, né?)

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Uma frase que diz muito em poucas palavras:

"O valor das coisas não está no tempo que duram, mas na intensidade com que acontecem. Por isso existem momentos inesquecíveis, coisas inexplicáveis e pessoas incomparáveis." (Fernando Pessoa)

15.10.05

Direito à Comunicação na Sociedade da Informação

Vivemos numa sociedade midiatizada, em que a principal fonte de informação e conhecimento é a imprensa.
Entretanto, cada vez mais, os meios de comunicação concentram-se nas mãos de poucos. A publicidade nos vende a cultura do consumismo e o jornalismo defende seus interesses empresariais em detrimento da informação de qualidade.
As rádios comunitárias, grande instrumento de poder contra-hegemônico, são fortemente reprimidas pela Polícia Federal e pela Anatel. A Internet surge como uma forma de manifestação livre e democrática, porém seu acesso ainda é restrito. O advento da tecnologia digital de rádio e TV também traz um horizonte de perspectivas para que a população possa ter voz. Porém, os poderosos já se articulam para se apossarem da tecnologia e impedir a democratização.
É por essas e outras que entre os dias 17 e 21 de outubro ocorrerá a 3ª Semana Nacional pela Democratização da Comunicação, promovida pela Executiva Nacional dos Estudantes de Comunicação Social (ENECOS).
Aqui no Espírito Santo a "Semana" tem apoio de diversas entidades: CACOS (Centro Acadêmico de Comunicação Social da UFES), Intervozes, Casa da Mulher, CALIFA (Centro Acadêmico de Comunicação da Faesa), CMI (Centro de Mídia Independente), Movimento de Direitos Humanos.
Na segunda feira (dia 17) OCORRERÁ UM ATO NA PRAÇA OITO ,Centro de Vitória, às 15 horas. O objetivo é mostrar à população que a luta pela democratização da comunicação não é apenas de nós comunicadores e sim uma causa importante para toda a sociedade. Haverá panfletagem, rádio móvel, exibição de filmes, mostra de fotografia, stêncil.
Nossa equipe de reportagem (eu) estará lá trazendo informações para você querido leitor!
Compareçam! A comunicação é um direito de todos!!!
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Para saber mais sobre o tema acesse:

13.10.05

Verdades mentirosas

Abaixo, tentei traduzir pra internet um anúncio da Folha de São Paulo, veiculado na televisão em 1987. É considerada uma das melhores propagandas brasileiras em todos os tempos.

Para os publicitários é um grande exemplo de como fazer publicidade inteligente, reflexiva e não-apelativa. Para os jornalistas, importante para constatar-se como a informação pode ser manipulada para defender a idéia desejada. O final é bem chocante!

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"Este homem pegou uma nação destruída. Recuperou sua economia e devolveu o orgulho ao seu povo. Em seus quatro primeiros anos de governo, o número de desempregados caiu de 6 milhões para 900 mil pessoas.
Este homem fez o produto interno bruto crescer 102% e a renda per capita dobrar. Aumentou o lucro das empresas de 175 milhões para 5 bilhões de marcos. E reduziu uma hiper-inflação a no máximo 25% ao ano.
Este homem adorava música e pintura, e quando jovem imaginava seguir a carreira artística.


Agora clique aqui e descubra quem foi esse homem


É possível contar um monte de mentiras dizendo só a verdade. Por isso, é preciso tomar muito cuidado com a informação e o jornal que você recebe.
Folha de São Paulo: o jornal que mais se compra. E o que nunca se vende."

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*Quem quiser baixar a propaganda clique aqui e procure o post do dia 15 de setembro

Atalho para site que comenta peças publicitárias (muito bom!)

11.10.05

Leve sua melhor arma para votar: a consciência



A revista Veja nos dá uma lição de jornalismo a cada semana. Quanto mais você lê, mais aprende como NÃO se deve fazer jornalismo. Ao invés de demonstrar sua posição em relação ao desarmamento em um editorial, a revista preferiu imprimi-la na capa da edição. A reportagem principal trazia 7 motivos para votar NÃO ao desarmamento. Lamentável.

Vivemos numa sociedade midiatizada. A imprensa é o principal meio pelo qual as pessoas formam opiniões e se informam. Num momento tão importante, em que finalmente todos os cidadãos poderão decidir algo diretamente, apresentar apenas um dos lados é um atentado gravíssimo à sociedade brasileira.
Vou tentar mostrar os dois lados. Mas eu sou chato. Fazê-lo-ei de uma forma diferente, dizendo porque você não deve votam SIM e porque não deve votar NÃO.

Porque NÃO votar NÃO:
- O Estado não dá segurança. É preciso permitir ao cidadão a legítima defesa.
Cidadão não sabe atirar, bandido sabe. A maior arma do bandido na verdade é o fato de atacar de surpresa, provavelmente você não terá tempo de pegar sua arma.

-Estão desarmando o cidadão e não o bandido.
Muitas armas legais acabam parando nas mãos de bandidos.

- Bandido mata. Cidadão não mata.
É comum ler nos jornais casos de pessoas que sob o efeito de alcoól ou drogas matam durante uma discussão de futebol ou briga de bar.

- Também podem ocorrer acidentes com armas legais. Principalmente com crianças.


Porque NÃO votar SIM:
-Todo ano existem milhares de mortes por arma de fogo. Com o fim do porte muitas vidas poderiam ser salvas.
Caô, né? As principais causas d mortes envolvem bandidos e/ou policiais. Todo mundo sabe que os meliantes não legalizam sua arma.

-Proibir o comércio legal não adianta muito. Quem quiser ter arma não vai deixar de ter. Vai passar a comprar no mercado negro.

-Ter uma arma legal não é tão fácil como dizem. Pelo menos teoricamente.

-Será gasto um dinheiro que poderia ser investido na fiscalização das fronteiras e combate ao tráfico de drogas e armas e talvez salvar muito mais vidas. Mas essas atitudes não dão voto aos políticos... Fazer o quê, né?

-A presença de armas pode transformar cidadãos em criminosos.
Ter posse de arma não é o mesmo que ter porte de arma. O porte já está proibido, o cara que tem posse não pode andar armado. Pelo menos teoricamente.

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A maioria da armas de fogo do nosso país são ilegais. Ou seja, o buraco é mais embaixo.
Armas não matam. O homem é que mata. Ou seja, o buraco é muuuuuuuuito mais embaixo.
Sou a favor do desarmamento da população, mas num tenho certeza se proibir é o melhor caminho...
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Quem vota SIM é da paz, contra os bandidos e contra a violência. Quem vota NÃO também.
Talvez a diferença entre o SIM e o NÃO seja menor do que se imagina...
A diferença é de meios e não de fins.

*Quem achou minha argumentação uma merda e prefere ouvir os argumentos do jeito normal clique aqui para SIM e aqui para o não

10.10.05

O poder e o foder


Esse é o Roberto Jefferson. Chamado por alguns de Bob Jeff. Foi deputado federal durante 22 anos consecutivos num país chamado Brasil. No ano de 2005 ele denunciou um mega-esquema de corrupção envolvendo o Partido dos Trabalhadores e o Governo do presidente Luís Inácio Lula da Silva, um ex-operário que foi eleito com a maior votação da história do planeta na época.


É isso que vai ficar na história?

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Aldo Rebelo (PCdoB/SP), novo presidente da Câmara dos deputados, assinou a aposentadoria do ex-deputado federal Roberto Jefferson (PTB/RJ): quase 9 mil reais por mês.
Aparentemente não há nada de errado aí. Após tantos anos de contribuição ao sistema previdenciário do Congresso Nacional, Jefferson tem o direito de receber essa quantia.

Analisando mais a fundo podemos constatar a palhaçada do nosso poder legislativo. Bob Jeff era competente. Não para exercer as atribuições que o povo lhe concedia através do mandato, mas para fazer valer seus interesses. Utilizou a máquina pública, roubou, vendeu-se. Hábil, cínico e bom orador denunciou esquemas de corrupção. O mais incrível é que ele mesmo estava envolvido nessas denúncias. Foi cassado.

Vou levantar alguns pontos:
  1. Cria-se um ciclo vicioso. O cara promete um monte de coisas aos eleitores. Os eleitores elegem o cara. O cara não faz merda nenhuma que promete mas utiliza-se da máquina pública e acaba se elegendo de novo. O cara volta pra foder o povo. No mal sentido. Mas parece até que foi no bom. Se o povo pede mais num é porque tá gostando?
  2. Cada vez mais os políticos se tornam profissionais. Vivem de cargos e mandatos. Viram parasitas do sistema público. Que democracia é essa rapaziada? Democracia sem rotatividade num é ditadura não? Esses caras podem se eleger perpetuamente. A deputada federal Denise Frossard (PPS/RJ) disse no Programa do Jô: "Eu não sou uma política. Eu estou política". Perfeito. Está na hora de acabar com o profissionalismo dos homens públicos. Proibir a reeleição (ou permitir apenas uma reeleição, como acontece nos cargos do Executivo) não seria um avanço pra nossa democracia? Evitaria casos como o de Bob Jeff e possibilitaria que mais pessoas participasem do proceso democrático. Quem sabe mais lideranças populares conseguissem se eleger?
  3. Como é possível que um político que cometeu diversas falcatruas e que está sendo investigado possa simplesmente renunciar e voltar na próxima eleição?
  4. Agente sofre, eles gozam!

8.10.05

Leis pra quê? Leis pra quem?


Em artigo publicado no jornal A Gazeta nesse sábado (dia 08/10), Gutman Uchôa de Mendonça considera absurda a "invasão" da fábrica Aracruz Celulose pelos índios. Uma vergonha para o país. Uma atitude que faz com que os inventidores internacionais tenham medo de aplicar seu dinheiro aqui. Mendonça ainda afirma que é "pelo aculturamento definitivo dessa gente", atentando contra os nativos que já habitavam o Brasil antes da colonização portuguesa.

Vergonha deveriam ter todos os brasileiros pelo etnocídio feito desde o ano de 1500. O termo usado-"invasão"- é inadequado. Os índios não entraram e permaneceram dentro da empresa simplesmente porque não gostam dela. Há uma causa por trás disso tudo. Seria mais adequado dizer que os indígenas ocuparam a sede da Aracruz Celulose. Assim como ocuparam os 11 mil hectares reivindicados.

A imprensa brasileira insiste em ignorar e minimizar os movimentos sociais. Negam sua legitimidade e tratam todos que participam deles como loucos. Quem é contra as injustiças do sistema capitalista é taxado de retrógrado. Qualquer atitude que infrija qualquer lei ou regra vira um escândalo. Esquecem-se que a compra de terras indígenas também fere a nossa Constituição. A lei brasileira foi feita pela elite e para a elite. Leis que não defendem o povo, não o dá direito de protestar, apenas direito (ou seria dever, já que é obrigatório?) de eleger seus representantes a cada dois anos e aceitarem suas decisões.

Nossa democracia é uma farsa!A população precisa participar, protestar, fiscalizar, decidir (plebiscitos e referendos poderiam ser mais freqüentes) ao invés de ser uma mera espectadora das decisões de seus "representantes". Contudo, a mudança não é nada simples. Quem está no poder não tem o menor interesse em mudar isso, pois se beneficia dessa estrutura. Mas quando parece que não há saída e que o niilismo prevalecerá, eis que os índios dão um belo exemplo de luta. A transformação pode partir das pressões da sociedade civil, unida e organizada como os índios estão.

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Minha tristeza, minha luta


Não quero mais viver nessa floresta de eucaliptos

nesse vazio minha visão vai longe
mas tudo que vejo é um nada

Cadê a vida que um dia esteve nessa terra?
O canto dos pássaros silenciou,
a beleza das flores feneceu
a cultura de meu povo foi derrubada
em golpes de machado e ganância

Que papel é esse que vale mais que nossa história?
Que fumaça é essa que embaraça nossa memória?

Sei que nada sou perante esse império,
que nada entendo desse mundo de pastas e homens de terno
mas hei de lutar até a morte pelo que é do meu povo

E se meu sangue escorrer por esse rio
e um dia desaguar numa terra em que viva meu neto ou meu filho
do alto sorrirei um raio de sol
para que nos olhos de cada um se reflita a virtuosidade da natureza
e se mantenha viva a chama dessa harmonia

7.10.05

Índios ocupam fábrica da Aracruz Celulose

Dia 6 de outubro de 2005: os índios ocuparam a fábrica Aracruz Celulose! Porquê?

É um conflito que se arrasta a muito tempo e envolve além de uma briga judicial um choque entre duas culturas distintas.

Os índios alegam inúmeros prejuízos desde a instalação da multinacional na cidade de Aracruz. Segundo eles, a monocultura do eucalipto teria secado rios, desaparecido com a fauna e tornado os silvícolas muito dependentes da empresa.

A Aracruz Celulose se defende dizendo que cumpre rigorosamente a legislação ambiental e que tem diversos programas de geração de renda para os índios. Mas o índio não quer dinheiro. O índio não quer apito. O índio quer terra. Terras que historicamente pertencem a eles, mas que hoje são de posse da corporação.

A empresa novamente se defende apresentando os certificados de posse e a cadeia sucessória das áreas reivindicadas, provando que não comprou nada do índios. Mas onde já se viu índigenas registrando terras?
Os 11 mil hectares ocupados em maio pelas 7 tribos de Aracruz eram território indígena pentencentes à União. Segundo o artigo 232 da Constituição Federal, estas terras são "inalienáveis", inegociáveis. Ou seja, qualquer acordo feito não por elas não tem nenhum valor legal.

Em 1995 foi criado um Grupo de Trablalho a pedido da FUNAI e do Ministério da Justiça. Foram reconhecidos aproximadamente 14 mil hectares de posse da empresa como território "imemorial" indígena. Mas em 1997, o então Ministro da Justiça, Íris Rezende, não reconheceu o estudo, dizendo que era insuficiente.
Os índios então começaram um processo de demarcação que foi fortemente reprimido pela Polícia Federal. Foi assinado um acordo em que pouco mais de 2 mil hectares foram "doados" aos nativos.
Só em 2005 eles conseguiriam se organizar o suficiente para enfrentar a luta pelas terras. Derrubaram os eucalitos e estão recriando a Aldeia de Olho D'água. Mesmo dominando o território reivindicado, os índios ocuparam a sede da Aracruz Celulos. Exigem um posicionamento urgente do Ministro da Justiça Márcio Thomás Bastos para que possam ter a posse legal e definitiva dos 11 mil hectares.

Davi x Golias

É um duelo desigual. A Aracruz Celulose é uma multinacional controlada majoritariamente por três grandes conglomerados financeiros (Safra, Votorantim e Lorentzen) e pelo BNDES. Trata-se da maior produtora de celulose branqueada do mundo. É a terceira maior doadora de campanhas eleitorais do país, geradora de impostos aos cofres públicos, tem grande influência política. Também tem advogados competentes.

Os índios tem como principal trunfo a união e a organização. Parecem estar dispostos a lutar até a morte pelas terras. Contam com apoio de entidades sem fins-lucrativos, mas possuem toda a autonomia para tomar as decisões. A FUNAI, que deveria ser aliada, é uma incógnita, pois já prejudicou a causa índigena várias vezes no passado.

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Uma empresa multinaconal q exporta 98% do que produz duela com os índios, povo nativo massacrado em 500 anos de história.
De um lado ternos, pastas, mandados, dinheiro, poder. Do outro urucum, lanças, penas, cultura nativa, luta por dignidade.

E você, de que lado está?

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Editorial

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