As cotas e a universidade
De um lado alunos de escola particulares pegos de surpresa com a possibilidade de implantação de cotas para negros, índios e estudantes de escolas públicas ainda para o vestibular do fim desse ano. De outro membros do movimento negro, de colégios públicos e militantes do movimento estudantil da Ufes, cansados de uma universidade homogênea numa sociedade tão heterogênea. No resto do campus, alheia a essa disputa, estava a maioria dos estudantes da própria entidade de ensino superior.
O clima de guerra travado na Ufes nessa quarta-feira mostra que antes de tudo é preciso discutir e deixar claro qual o papel da Universidade.
Recebi um e-mail que dizia que não temos uma universidade pública e sim estatal. Perfeitamente. Temos que corrigir isso e não podemos esperar que venha uma sucessão de bons governos pra melhorar o péssimo estado do ensino publico no ensino fundamental e médio. Cotas já!
Se a universidade é pública e paga por todos os cidadãos deve estar acessível a todos em condição de igualdade. Deve representar a pluralidade social, cultural, étinica da população. Tem a obrigação de servir a sociedade. Não simplesmente formar mão-de-obra qualificada para ser utilizada por empresas multinacionais. Deve formar os cidadãos que contribuirão para ajudar na construção de um país melhor. E tem que dar retorno imediato, atender às demandas sociais através de seus debates e projetos de pesquisa e de extensão. Pronto. Aí está a diferença entre públicas e privadas. E a burocracia? Ah, claro. É um mal necessário. Afinal não é possível que duas instituições com objetivos tão distintos funcionem da mesma forma. As particulares são negócios, visam ao lucro. As federais são serviço público, envolvem dinheiro público.
Certamente muitos dos estudantes das particulares e da própria Ufes enxergam a universidade apenas como um trampolim para o mercado de trabalho. Se o nível do ensino piorar logo cairão fora do barco pra estudar em uma faculdade privada. Mas muitos não têm nenhuma dessas opções. Nem de estudar na federal porque não conseguem competir com as máquinas de aprovação chamadas cursinhos pré-vestibular. Nem de cursar uma particular pois não possuem condições financeiras pra arcar com as mensalidades caríssimas.
A universidade pode e deve ser um instrumento de inclusão social.
São alguns pontos importantes antes de iniciar qualquer discussão sobre cotas.
O clima de guerra travado na Ufes nessa quarta-feira mostra que antes de tudo é preciso discutir e deixar claro qual o papel da Universidade.
Recebi um e-mail que dizia que não temos uma universidade pública e sim estatal. Perfeitamente. Temos que corrigir isso e não podemos esperar que venha uma sucessão de bons governos pra melhorar o péssimo estado do ensino publico no ensino fundamental e médio. Cotas já!
Se a universidade é pública e paga por todos os cidadãos deve estar acessível a todos em condição de igualdade. Deve representar a pluralidade social, cultural, étinica da população. Tem a obrigação de servir a sociedade. Não simplesmente formar mão-de-obra qualificada para ser utilizada por empresas multinacionais. Deve formar os cidadãos que contribuirão para ajudar na construção de um país melhor. E tem que dar retorno imediato, atender às demandas sociais através de seus debates e projetos de pesquisa e de extensão. Pronto. Aí está a diferença entre públicas e privadas. E a burocracia? Ah, claro. É um mal necessário. Afinal não é possível que duas instituições com objetivos tão distintos funcionem da mesma forma. As particulares são negócios, visam ao lucro. As federais são serviço público, envolvem dinheiro público.
Certamente muitos dos estudantes das particulares e da própria Ufes enxergam a universidade apenas como um trampolim para o mercado de trabalho. Se o nível do ensino piorar logo cairão fora do barco pra estudar em uma faculdade privada. Mas muitos não têm nenhuma dessas opções. Nem de estudar na federal porque não conseguem competir com as máquinas de aprovação chamadas cursinhos pré-vestibular. Nem de cursar uma particular pois não possuem condições financeiras pra arcar com as mensalidades caríssimas.
A universidade pode e deve ser um instrumento de inclusão social.
São alguns pontos importantes antes de iniciar qualquer discussão sobre cotas.
sobre a penúltima frase:
poder ela pode, mas pessoalmente, axo q não é bem assim.. não sei se ela "deve" de fato =]