47% do eleitorado brasileiro se diz de direita
Pesquisa Datafolha, com dados publicados pela Folha de São Paulo na edição do último domingo (13) apontam que grande parte dos brasileiros se declara como “de direita”, 47%. Outros 23% como de “centro” e 30% “de esquerda”, embora os conceitos de direita e esquerda não sejam claros para a maioria dos entrevistados.
O conservadorismo, no entanto, é marcante nas afirmações coletadas em todos os grupos em relação a temas polêmicos. Segundo a pesquisa, 87% por cento dos que se declaram “de esquerda” são favoráveis à redução da maioridade penal para 16 anos, ao passo que 85% dos declaradamente “de direita” concordam com eles. Cerca de 60% dos eleitores “de esquerda” declaram-se contra a legalização do aborto (para além dos casos já previstos em lei, como estupro), em comum acordo com 63% dos que se dizem “de direita”.
A contradição inerente ao posicionamento semelhante quanto a esses temas já que, teoricamente, a direita deveria divergir da esquerda e vice-versa se expressa melhor ao se comparar a orientação ideológica que os entrevistados dizem possuir e suas intenções de voto. Entre os eleitores de Heloísa Helena, por exemplo, aproximadamente 40% são “de direita”.
Seja pela concepção turva do que seja “esquerda” e “direita” por parte do eleitorado ou por parte dos candidatos (possibilidade que não deve ser descartada) seja talvez pelo próprio descabimento da utilização dos termos, já que para a designação de tal ou tal corrente se gastam muitas páginas, não de jornal, mas de livros cujos autores se engalfinham, a pesquisa Datafolha revela a homogeneidade entre os eleitores quanto a temas polêmicos, pouco discutidos inclusive pelos candidatos.
Walter Maierovitch, ex-secretário nacional antidrogas do governo FHC e especialista em assuntos de segurança disse à Folha que “o brasileiro é muito mal informado sobre esses temas polêmicos e geralmente acaba se alinhando com posições que emanam dos EUA, onde essas discussões são mais profundas e conservadoras”.
O conservadorismo, no entanto, é marcante nas afirmações coletadas em todos os grupos em relação a temas polêmicos. Segundo a pesquisa, 87% por cento dos que se declaram “de esquerda” são favoráveis à redução da maioridade penal para 16 anos, ao passo que 85% dos declaradamente “de direita” concordam com eles. Cerca de 60% dos eleitores “de esquerda” declaram-se contra a legalização do aborto (para além dos casos já previstos em lei, como estupro), em comum acordo com 63% dos que se dizem “de direita”.
A contradição inerente ao posicionamento semelhante quanto a esses temas já que, teoricamente, a direita deveria divergir da esquerda e vice-versa se expressa melhor ao se comparar a orientação ideológica que os entrevistados dizem possuir e suas intenções de voto. Entre os eleitores de Heloísa Helena, por exemplo, aproximadamente 40% são “de direita”.
Seja pela concepção turva do que seja “esquerda” e “direita” por parte do eleitorado ou por parte dos candidatos (possibilidade que não deve ser descartada) seja talvez pelo próprio descabimento da utilização dos termos, já que para a designação de tal ou tal corrente se gastam muitas páginas, não de jornal, mas de livros cujos autores se engalfinham, a pesquisa Datafolha revela a homogeneidade entre os eleitores quanto a temas polêmicos, pouco discutidos inclusive pelos candidatos.
Walter Maierovitch, ex-secretário nacional antidrogas do governo FHC e especialista em assuntos de segurança disse à Folha que “o brasileiro é muito mal informado sobre esses temas polêmicos e geralmente acaba se alinhando com posições que emanam dos EUA, onde essas discussões são mais profundas e conservadoras”.
"Afinal, quem lê livros neste país?"
Exatamente, aí está o problema...
Mas o q eu quis dizer com a história das páginas não é para tirar o da imprensa da reta.
Claro que ela tem culpa pelo não esclarecimento da população em relação a muitos aspectos. Mas aí é que está. São empresas privadas, seu objetivo primordial não é fazer o bem público, embora digam o contrário, como a própria Folha, "um jornal a serviço do Brasil".
Mas esses são outros quinhentos...
Eu falei das páginas para frisar que para se esclarecer o que é a esquerda ou a direita requer-se um debate muito maior do que simplesmente perguntar às pessoas como elas se consideram se elas não têm informações o suficiente para discernir o que poderiam ser...