WEB 2.0: A NOVA IDADE DAS TREVAS
As novas tecnologias e ferramentas que possibilitam a produção de conteúdo e informação por "amadores" vão nos levar a uma nova idade das trevas. Pelo menos é isso que diz Andrew Keen, fundador e diretor executivo da AfterTV LLC, uma firma de marketing pós-televisão.
Ele se prepara para lançar um livro, "The cult of Amateur - How Blogs, Wikis, Social Networking, and the Digital World are Assaulting our Economy, Culture and Values", em que expõe sua tese: "estamos oscilando à beira da catástrofe. Blogs, wikis e redes sociais estão mesmo tomando de assalto nossa economia, nossa cultura e nossos valores. A Web 2.0 está nos empurrando de volta à Idade das Trevas".
Keen diz ainda que "se nos mantivermos nesse ritmo, haverá mais de 500 milhões de blogs em 2010, coletivamente corrompendo e confundindo a opinião pública sobre tudo, de política a comércio, de arte a cultura. Os Blogs tornaram-se tão estonteantemente infinitos que já minaram nosso sentido do que é verdadeiro e falso, real e imaginário. Nos dias de hoje, um jovem não consegue fazer a diferença entre notícias com credibilidade, produzidas por jornalistas profissionais, e o que eles lêem no joeshome.blogspot.com".
Curiosamente, é essa mesma rede corruptora de valores que divulga o livro. Então, bem vindo à Idade das Trevas.
Com informações do blog Jornalismo e Internet.
Marcadores: Web 2.0
Essa postagem é só pra rir mesmo. O cara percebeu a inflencia q os blogs vem adquirindo e quer se promover em cima dos comentários e ataques q o pobre coitado com certeza vai sofrer
apesar da notória empolgação, prefiro essa postagem - As redes igitais e o iluminismo:
http://rec6.via6.com/link.php?action=show&url=http%3A%2F%2Fwebinsider.uol.com.br%2Findex.php%2F2007%2F04%2F09%2Fas-redes-sociais-digitais-e-o-iluminismo%2F
"Foram 250 anos até a tecnologia digital iniciar na prática o mais básico dos conceitos iluministas: divulgar informações e construir conhecimento de maneira igualitária e global.
Por Leonardo Oliveira
São dois temas com os quais venho confrontando nos últimos dias e se entrelaçaram em minhas divagações, levando-me agora a uní-los como objeto de um artigo. Se num primeiro olhar periférico, aparentam ser temas cuja generalidade impede associações mais estruturadas, é pelo caminho da liberdade de pensamento e construção do conhecimento que vou me lançar.
Forma e conceito das redes sociais
As redes sociais me interessam particularmente em duas frentes: no trabalho, como gestor de uma equipe de desenvolvedores de produtos digitais e também como acadêmico e pesquisador da ciência da comunicação.
A utilização das tecnologias de rede, que não é nenhuma novidade, aliada à fragmentação da formatação de conteúdos, uma “novidade” batizada de Web 2.0, possibilita que as interações em redes sociais se tornem efetivas e gerem resultados mensuráveis.
As ferramentas de busca e organização de conteúdo que hoje nos são tão comuns, como Google, Youtube, Flicker e del.icio.us, trouxeram em seu âmago a semente de uma evolução cultural. Já esperávamos que a tecnologia fosse mudar nossa maneira de produzir conteúdo, e não só acessá-lo, porém agora as evidências fizeram-se fatos.
As mesmas soluções que, a partir de suas premissas, são vistas como essenciais para o nosso cotidiano na web, também o são para o ambiente empresarial, no tratamento e recuperação de seus dados e informações, bens tão preciosos e tão mal cuidados.
Um esteio às crises
Já quanto ao Iluminismo, sua presença neste artigo é tanto efeméride quanto técnica, já que neste ano se comemoram os 50 anos da formação da Comunidade Econômica Européia, um fruto legítimo dos anseios iluministas.
Desde sua concepção como rótulo de um movimento cultural, político e social que se iniciou numa Europa pós renascentista e alcançou de certa maneira todo o mundo ocidental, o Iluminismo, através de seus pressupostos, resiste a todo tipo de guerras, ditaduras e desrespeito aos direitos humanos.
Também a internet sofre com constantes tentativas de cerceamento às liberdades individuais, ao acesso da informação e à legitimidade de diferentes manifestações culturais. São problemas de toda ordem que nos ameaçam diariamente, porém são sempre com argumentos iluministas que se defendem os direitos à liberdade e o acesso à tecnologia. Assim vencemos as censuras, uma a uma.
As luzes estão mais fortes
Desde sua concepção o Iluminismo foi uma das pilastras que legitimaram quase todos os movimentos libertários e humanitários: o fim da inquisição, as revoluções francesa, inglesa e americana, bem como as manifestações culturais como a semana de 22 no Brasil e as passeatas, shows e comícios que tomaram o ocidente durante a década de 60 do século passado.
Mesmo assim, todos estes acontecimentos caracterizaram-se como movimentos de elite; movimentos que partiam de um centro irradiador, onde poucas cabeças decidiam o destino e o comportamento de muitos. Foram, desta forma, necessários quase 250 anos até que a tecnologia digital propiciasse que o mais básico dos conceitos iluministas se tornasse realidade: a divulgação de informações e a construção do conhecimento de maneira igualitária e global, mesmo que através da ramificação, da descentralização dos movimentos culturais e políticos.
Neste ponto, a ligação é tão clara que temos até um case de sucesso no qual a maior bandeira do iluminismo tornou-se plenamente realizada graças às tecnologias digitais, só que em escala e importância estrondosamente maiores do que imaginariam D’Alembert e Diderot quando organizaram sua primeira Encyclopédie: eu falo, é claro, da Wikipedia, enciclopédia na qual qualquer pessoa alfabetizada do planeta pode incluir um verbete e contar com a cooperação, seja para corrigir ou para expandir este verbete, de todos os usuários da rede.
Da teoria à realidade
É, eu sei que nem todos tem acesso à internet. Dos que tem, ainda uma pequena fatia se interessa pela questão das redes de conhecimento. E mesmo destes interessados, poucos sabem como utilizar as ferramentas digitais para construir conhecimento. A desigualdade de oportunidades e o enorme número de pobres e miseráveis do planeta não nos permitem devaneios.
Mas eu sou um otimista. Aliando este otimismo à constante pesquisa acadêmica e à produção empresarial, acredito que a convergência digital, a reestruturação do ensino fundamental e a conscientização das autoridades quanto ao ganho econômico que a tecnologia propicia, permita que grande parte da população mundial tenha acesso e participe de redes sociais digitais.
Com os anos, se cada participante tiver como meta trazer dois ou três novos adeptos, de preferência oriundos das camadas não-digitalizadas, dá pra imaginar o impacto social, cultural e econômico de um mundo interligado por cabos de fibra ótica e ondas eletromagnéticas. [Webinsider]
Referências
* Na Wikipedia: Iluminismo
* Na Wikipedia: Encyclopédie
* Livro A Sociedade em Rede, de Manuel Castells
* Livro O Conhecimento em Rede, de Marcos Cavalcanti e Carlos Nepomuceno"
Não entendi a conta...
Democracia + Democracia = - Democracia?
Gente,
é interessante a posição de chris anderson, ao dizer que estamos a entrar na "era da probabilidade" e estamos a sair da "era das certezas".
Para ele a fonte de informação (um blog ou um jornal) deve ser a primeira, mas não a última. Isso porque a "certeza" agora é feita da leitura de mais de uma fonte de informação.
Portanto uma notícia ou um post hoje, para o usuário-cidadão, não carrega uma certeza, mas uma probabilidade de ser certa. Assim, apenas é necessário ler mais de um blog, ou jornal, para decidirmos se algo é correto.
Nos EUA o termo blogar começou a virar sinônimo de atividade de vigilância da imprensa feita por blogueiros, que checam números, gráficos e um monte de informações que os jornalões divulgam.
Estamos dentro, no final das contas, de uma mutação social profunda.
Sei lá, penso assim.
Malini