Matar ou morrer. Matar e morrer.
Armar-se é uma solução individual para um problema coletivo, que é a violencia. O direito de ter armas eh uma babaquice que só vale pros ricos!
Juntem seus vizinhos dos edifícios de luxo e formem suas milícias!
Pode fuzilar quantos quiser, sempre existirão outros pra matá-lo, com armas mais poderosas que as suas, compradas com o dinheiro que seu filho gastou com drogas.
E quanto mais você explora, mais você ganha. E sugando do outro você se torna maior, e pisando nos outros você sobe pro seu mundo superior, mesquinho. Você acha que pode comprar tudo e acha que a miséria é culpa deles, os incompetentes que não sabem lucrar.
Mas nem tudo se compra. Viva seu mundinho enquanto seu império ainda não ruiu. Talvez só quando o revólver estiver armado, em punho daquele que você sempre destratou, munido de pólvora e ódio, você perceba que seu dinheiro não serve mais pra nada. E só por alguns segundos, na efemeridade entre vida e a morte, no instante entre o apertar do gatilho e o disparar da arma vocês se arrependa de tudo que fez e deixou de fazer. Tarde demais. Sobre seu ataúde haverá mais flores que choros, mais indiferença que saudades. Seu champagne fará mais falta que sua prensença.
Seu próprio egoísmo é que te mata!!! Seu revólver está mirado pra sua própria cabeça. Você sabe disso, mas finge que não vê!
"Corre filho da puta, não fica parado, ta vindo uma bala em você
Ta vendo aquele latão de lixo, aquele poste
Pense logo
Mas fuja do que ta vindo em sua direção
Agora já era! Demorou, ela entrou no seu corpo
Sua mente está confusa
Sensações estranhas acontecem
Calor e frio se misturam
Sua visão turva não sabe distinguir
O que está bem na sua frente
Uma mistura de euforia e depressão
O calor do inferno e a brisa do céu se confundem
O que pode ser isso?
Você morreu!!!
Agora o que acontece?
Não sei te dizer
Só estou vendo seu corpo
Começando a apodrecer."
Mukeka di Rato - Corre