A ocupação da USP no You tube
Outra questão, que pode ser considerada tanto à margem como no cerne da questão é a reprodução da manifestação na mídia. Análises quanto à postura da grande imprensa na cobertura devem estar às turras por aí. Eis que a cobertura pelos próprios ocupantes também tem seu espaço.
Durante o seminário “A Constituição do Comum”, realizado em Vitória/ES na semana passada, falou-se na Internet como terreno para dar vazão a esse tipo de cobertura: jornalismo cidadão, participativo, colaborativo, ou denominações afins. Os exemplos de fatos em que esses “jornalistas-cidadãos” atuaram até a pouco estavam restritos a campos (mais uma vez o trocadilho infeliz) fora do país. O ataque na Virginia Tech, o atentado ao metrô de Londres, ao metrô de Madrid, a mobilização dos estudantes chilenos e etc.
Agora, com a ocupação da USP temos um exemplo Tupiniquim. Vídeos no You Tube e blogs se somam num esforço de passar a mensagem das pessoas que vivenciam o fato. Sem lide, sem “imparcialidade”, sem remuneração.
Fim do jornalismo como o conhecemos? Questionamento quase dialético. O G1, em um especial com a cronologia da ocupação mostra como os meios tradicionais podem não só sobreviver como se apropriar dessas novas formas de expressão. Ganham os leitores/ telespectadores (o público do You Tube pode ser chamado de telespectador?) que têm a sua disposição uma gama de informações ainda maior.
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