11.8.08
30.5.07
A ocupação da USP no You tube
Outra questão, que pode ser considerada tanto à margem como no cerne da questão é a reprodução da manifestação na mídia. Análises quanto à postura da grande imprensa na cobertura devem estar às turras por aí. Eis que a cobertura pelos próprios ocupantes também tem seu espaço.
Durante o seminário “A Constituição do Comum”, realizado em Vitória/ES na semana passada, falou-se na Internet como terreno para dar vazão a esse tipo de cobertura: jornalismo cidadão, participativo, colaborativo, ou denominações afins. Os exemplos de fatos em que esses “jornalistas-cidadãos” atuaram até a pouco estavam restritos a campos (mais uma vez o trocadilho infeliz) fora do país. O ataque na Virginia Tech, o atentado ao metrô de Londres, ao metrô de Madrid, a mobilização dos estudantes chilenos e etc.
Agora, com a ocupação da USP temos um exemplo Tupiniquim. Vídeos no You Tube e blogs se somam num esforço de passar a mensagem das pessoas que vivenciam o fato. Sem lide, sem “imparcialidade”, sem remuneração.
Fim do jornalismo como o conhecemos? Questionamento quase dialético. O G1, em um especial com a cronologia da ocupação mostra como os meios tradicionais podem não só sobreviver como se apropriar dessas novas formas de expressão. Ganham os leitores/ telespectadores (o público do You Tube pode ser chamado de telespectador?) que têm a sua disposição uma gama de informações ainda maior.
Marcadores: Jornalismo, Ocupação USP, You Tube
17.5.07
Sucesso é tudo, felicidade não é nada
É comum que os livros de auto-ajuda associem sucesso a felicidade. Cada passo conduz ou a um ou a outro, de forma que eles se complementam. No meio desses “dicionários” que por vezes inovam na linguagem, mas não na mensagem, um livro chama a atenção.
O especialista em Marketing Pessoal Silvio Celestino em “Conversa de Elevador” diz que as pessoas não precisam estar sempre felizes para conseguir o que almejam. Não é um “insight” muito glorioso, mas como já citado, ao menos destoa dos outros livros de auto-ajuda.
A filosofia do livro transparece em uma frase: "Sucesso não traz felicidade. Mas, permite a você chorar em Roma, Paris, Milão, Nova York...”.
7.5.07
Wiki X Google
“Isso significa que as pessoas poderão baixá-lo, usá-lo e até alterá-lo para que fique melhor e mais eficiente. A idéia é que o programa tenha a cara dos internautas. As pessoas também poderão julgar os resultados da pesquisa aprovando ou não os links relacionados. O Google não oferece essa possibilidade” diz Wales em entrevista publicada pelo Portal Exame.
Entre os “defeitos” do Google, Wales já citou também a quantidade de spans e coisas inúteis que são linkadas como resultado das buscas e a falta de transparência com que é escolhida a ordem de apresentação dos links.
O homem Wiki já convocou pela Internet voluntários para ajudá-lo na empreitada de criar a nova ferramenta. Um protótipo deve ser apresentado ainda em 2007, mas só deve ficar pronto dentro de um ano.
Embora o Google seja considerado um “fenômeno” cultural e domine o mercado da Internet, ao menos no quesito buscas (lembrando que a empresa detém o You Tube e o Myspace, outras ferramentas revolucionaram a rede), tecnicamente não seria difícil que um outro buscador o substituísse. O custo para que o usuário utilize outra ferramenta é quase nulo, limita – se a lembrar de digitar outro endereço no browser.
Enquanto o novo sonho de Wales não se concretiza, a Wikipedia vive uma relação de amor e ódio com o Google, já que a maioria dos acessos à “enciclopédia livre” chegam por meio do gigante das buscas.
Leia também “A construção do próximo império”, excelente artigo publicado na Revista Galileu.
(Imagem: Revista Galileu)
3.5.07
Eles não comemorariam o dia de hoje...
Anúncio da Associação Nacional de Jornais em referência ao Dia da Liberdade de Imprensa, 03 de maio.
Marcadores: Jornalismo
30.4.07
PEC “se vira nos trinta” quer reduzir idade para concorrer a cargos eletivos
Projeto para redução da idade mínima para se candidatar a cargos como presidente e vice-presidente da República e Senador já está tramitando na Câmara. A informação é do Congresso em Foco. A Proposta de Emenda Constitucional 20/07 reduz de 35 para 30 anos a idade mínima exigida e é de autoria da deputada Manuela D’ávila (PCdoB-RS), que tem 25 anos.
De acordo com o Congresso em Foco a deputada adianta que ao fim do seu mandato não terá 30 anos para, caso o projeto seja aprovado, disputar o Senado. Manuela diz que a idéia surgiu da análise da situação em outros países.
Na Argentina e nos EUA, os candidatos à presidência e ao Senado precisam ter 30 anos. Na Franca, são necessários 35 anos para postular uma vaga de senador e 23 para tentar ser presidente.No Brasil, para outros cargos – vereador, prefeito, deputado estadual e federal e governador – a idade varia entre 18 e 30 anos. (Veja aqui).
A PEC “se vira nos 30” está sendo comparada à proposta de redução da maioridade penal, recentemente aprovada pela Comissão de Constituição e Justiça da Câmara (CCJ). A própria deputada faz referência à medida em um texto publicado no Vermelho.org:
A maior parte da população (80%) defende a redução da maioridade penal de 18 para 16 anos. Mesmo que, apenas 10% dos delitos no Brasil, sejam cometidos por crianças e adolescentes, média inferior aos 11,6% da média mundial. A maior parte defende a redução desconhecendo que 70% desses crimes são contra o patrimônio e, desde 1950, a média de 8% de crimes contra a vida praticados por menores de 18 se mantém intacta, contrariando o argumento que a juventude mudou.
A opinião sobre a PEC é inversa: a juventude não pode concorrer aos cargos eletivos, ou seja, não tem a capacidade e experiência para tanto.
Para que seja aprovada a proposta da deputada tem que ser considerada constitucional pela CCJ, passar pelo crivo da Câmara, obtendo o apoio de 308 dos 513 deputados e só depois ser encaminhada ao Senado.
29.4.07
"Negro incomoda quando sai do seu lugar"
O texto é de Elio Gaspari na Folha de S. Paulo hoje (29). O estudo a que ele se refere pode ser conferido no site do Iuperj.
( Imagem: marco negro )
25.4.07
Jornalismo on line e Punk Rock
Um blog, ainda em estágio embrionário, está no ar. É o viberock, que vai armazenar toda a produção dos estudantes. Posteriormente o conteúdo será organizado e inserido em um site, que também será elaborado pelos alunos.
Textos, vídeos, podcasts e fotos serão as ferramentas utilizadas. O exercício do hipertexto é o caminho.
Marcadores: Internet, Jornalismo, Punk Rock, Site
24.4.07
Conectando o ensino
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou na última sexta-feira (20) que até o final de 2007 todas as escolas técnicas terão Internet banda larga e que todas as escolas públicas também vão dispor da ferramenta até 2010, “Porque é por meio do conhecimento que a gente pode permitir que as diferenças sociais desapareçam”, disse o presidente, segundo a Agência do Rádio.
No entanto, recentes estudos, da USP e do Centro de Pesquisas Européias, (leia aqui matéria da Folha de S. Paulo) mostram que a utilização do computador não garante a melhora no aprendizado dos alunos. Escolas, da rede pública e privada, que utilizam a internet não diferem em relação ao rendimento dos alunos em comparação com escolas similares que não possuem computadores e/ou acesso à rede. Efeitos positivos aparecem quando o estudante tem acesso em casa.
A pesquisadora Maresa Sprietsma, do Centro de Pesquisas Econômicas Européias aponta que a utilização do computador até piora a qualidade do ensino de português e matemática, devido ao mal uso do PC, que muitas vezes torna-se um meio de dispersão da atenção dos alunos. Para o pesquisador da USP Naercio Menezes Filho, que desenvolveu o estudo, "talvez esteja faltando em muitas escolas um professor que oriente o aluno a usar o computador, enquanto em casa essa tarefa está sendo feita pelos pais".
O ponto a ser observado, apesar de óbvio, é que não importa a disponibilidade técnica para melhorar a educação, o investimento em pessoal e em capacitação continua sendo fundamental. Mas, mais uma vez com um tanto de obviedade, o mesmo vale para a ausência de equipamentos e excesso de capacitação. Os dois pesquisadores afirmam que embora o computador por si só não melhore o aprendizado, pode ajudar nessa tarefa.
A Internet nas escolas é outra aliada, se bem utilizada. Mas, então vejamos o que será feito desses instrumentos em 2010. Eu, pelo menos, já consigo visualizar uma professora enlouquecida, que se quer sabe como funciona um computador, tentando convencer uma sala com 40 pestes, quero dizer, crianças, a sair do MSN e olhar para o quadro.