29.9.06

Vote nas melhores matérias da imprensa capixaba

Acho que eu estaria sendo ranzinza demais se dissesse que trata-se de mais um afago que a tríade real das grandes empresas capixabas (CST, Aracruz,Vale) fazem à imprensa local, sempre cordial aos seus grandes finaciadores, ora publicando seus press-releases quase na íntegra ora se omitindo perante denúncias- especialmente em relação à àrea ambiental. Então não vou dizer. Aliás, já disse. Mas sem querer dizer. Enfim...

O lead da parada é o seguinte: o 12º Prêmio Capixaba de Jornalismo, realizado pela tríade real com apoio da Garoto, tem uma novidade. Nesse ano é possível que você, prezado leitor/ouvinte/telespectador, escolha os bã-bã-bans do jornalismo espírito-santense. O voto pode ser feito no site do prêmio até o dia 1º de outubro, mesmo dia em que você será obrigado a sair de casa para eleger representantes em 2 poderes (executivo e legislativo). Então, porque não votar no seu jornalista/reportagem favorito, seu representante no 4º poder? É fácil, nem precisa sair de casa...

No site é possível ler/ouvir/ver as fotos jornalísticas e matérias de impressos, rádios, televisão que concorrem em cada quesito.

24.9.06

Numa cidade muito longe daqui (Polícia e Bandido)

Música de Lenadro Sapucahy com participação de Marcelo D2



(...)
Bateu de frente
Um bandido e um
Sub-tenente lá do batalhão
Foi tiro de lá e de cá
Balas perdidas no ar
Até que o silêncio gritou
Dois corpos no chão, que azar
Feridos na mesma ambulância
Uma dor de matar
Mesmo mantendo a distância
Não deu pra calar

Polícia e bandido trocaram farpas
Farpas que pareciam balas
E o bandido falou:
Você levou tanto dinheiro meu
Agora vem querendo me prender
E eu te avisei você não se escondeu
Deu no que deu
E a gente tá aqui
Pedidindo a Deus pro corpo resistir
Será que ele tá afim de ouvir?
Você tem tanta basuca,
Pistola, fusível, granada
Me diz pra que tu
Tem tanta munição?

É que além de vocês
Nóis ainda enfrenta
Um outro comando, outra facção
Que só tem alemão sanguinário
Um bando de otário
Marrento, querendo mandar
Por isso que eu tô bolado assim
Eu também tô bolado sim
É que o judiciário tá todo comprado
E o legislativo tá financiado
E o pobre operário
que joga seu voto no lixo
Não sei se por raiva
Ou só por capricho
Coloca a culpa de tudo
Nos homens do camburão
Eles colocam a culpa de tudo
Na população

{E o bandido...}
E se eu morrer vem outro em meu lugar
{Polícia...}
E se eu morrer vão me condecorar
E se eu morrer será que vão chorar?
E se eu morrer será que vão lembrar?
E se eu morrer... {já era}
E se eu morrer
E se eu morrer... {foi!}
E se eu morrer

Chega de ser subjulgado
Subtraído, um subandido de um
Sublugar, subtenente de um
Subpaís, um subinfeliz
subinfeliz..
(...)

23.9.06

Contexto pré-eleitoral do Espírito Santo

Texto baseado na fala de André Pereira, professor do departamento de História da Ufes e comentarista da rádio CBN, na Semana de Ciências Sociais da Ufes.
A história política recente do Espírito Santo apresenta um quadro em que destacam-se: a incapacidade dos governos estaduais em gerir políticas públicas eficazes e um sistema partidário que não consegue agregar e representar os diferentes interesses da sociedade. O legislativo apresenta-se quase sempre na posição de subserviência ou de chantagem em relação ao executivo.
Embora tenha demorado a agir em relação aos problemas da segurança pública, o governo Paulo Hartung promoveu acertos fiscais, destaque para o pagamento dos salários atrasados do funcionarismo público através da antecipação dos royaltes de petróleo feito em acordo com o governo federal. Desse modo, PH melhorou a "governança", mas o sistema partidário continua ruim.
Pereira explica que não é racional que os governadores tentem estruturar o sistema partidário, pois assim criariam um grupo de organizado de "chantagistas", como ocorre no Congresso Nacional.

O pós eleição

A discussão nacional (PT-PSDB; esquerda-direita) não acontece no Espírito Santo, já que a maioria dos eleitores vota em Lula e Hartung, que é coligado com o PSDB e apoiado informalmente pelo PT. Mas o que levou a esse quadro?

Pereira explica que as eleições municipais de 2004 traçam um novo panorama político no Espírito Santo. Os principais municípios da Grande Vitória (Vitória, Vila Velha, Serra e Cariacica) ficam sob controle da centro-esquerda (PT e PDT). Porém, esse bloco de centro-esquerda não se articulou- não foi capaz de construir um projeto conjunto de região metroplitana- e não impôs um modelo de gestão diferenciado do modelo do governador Paulo Hartung. Desse modo, o governo atraiu esse bloco e desvinculou a discussão política capixaba da discussão nacional.

Segundo Pereira, o governo Paulo Hartung melhorou a "governaça" mas não consulta ninguém, os deputados da base aliada são subservientes e a oposição não tem força. A única força de diálogo com o governo é a ong Espírito Santo em Ação, formada pelas principais empresas do estado que ajudaram a construir o plano de governo de Hartung e são as principais beneficiadas pelo projeto político de PH.Desse modo, há um grande prejuízo à cidadania.

Agora, o bloco de centro-esquerda corre sério risco de sair derrotada das eleições. Se houver reestruturação desse grupo tem que ser forçada pelos partidos, mostrando diferença de gestão em relação ao governo atual.Para ele, enquanto a centro-esquerda continuar com o jogo interno de poder a política externa continuará a ser essa.

22.9.06

Alckmin lidera nas redações de jornais

A pesquisa foi feita em parceria da revista Imprensa com a Aberje:

A matéria do Portal Imprensa considera que "A relação pouco amistosa do Executivo com os repórteres, o episódio do projeto do Conselho Federal de Jornalismo, a ameaça de expulsar do país o jornalista Lary Rohter, do New York Times e a sucessão de escândalos envolvendo o governo são alguns dos fatores que podem explicar a queda de prestígio do presidente entre os jornalistas."

"A preferência por Geraldo Alckmin nas redações deve ser vista de forma mais ampla do que uma crise de relacionamento entre o Executivo e a imprensa. Há de se levar em conta o perfi l sócio-econômico da maior parte dos jornalistas. Quem faz esta observação é o cientista político e professor da PUC-São Paulo, Cláudio Couto. “O Alckmin lidera entre a classe média em geral. Se levarmos em conta que a maior parte dos jornalistas pertence à classe média, não há surpresa nesse resultado. Ele apenas refl ete a opinião de um contexto mais amplo. O Lula só lidera na classe média no Nordeste. Tirando isso, o Lula é o candidato do povão, e jornalista não é povão”, analisa."

Tostines do Cristovam

por Mylton Severiano*
12
Graciliano Ramos disse que o comunismo não pega no Brasil porque o povo não sabe o que significa "uni-vos". Mas por que me lembrei disso? Ah, sim. Trabalho na campanha de Cristovam Buarque e, num dos vinte livros que publicou, Revolução nas Prioridades, leio sobre os erros da esquerda em 1964: falta de sintonia com os desejos populares; defesa da "ditadura do proletariado em um país sem proletariado e para uma população ansiosa por democracia"; pregação do materialismo "para um povo fortemente espiritualista"; assim "as elites oligáquicas de direita" venceram, mas o golpe veio por "responsabilidade de todos". E herdamos um país mergulhado no ignorantismo.
Este engenheiro pernambucano, doutorado em economia na Sorbonne, foi reitor da Universidade de Brasília, governador do Distrito Federal, ministro da Educação de Lula; é senador e candidato à presidência pelo PDT, Partido Democrático Trabalhista, fundado por Brizola. Criou a Bolsa Escola, da qual deriva a Bolsa Família, mas atenção: Bolsa Escola "paga" à mãe pobre para cuidar que os filhos vão às aulas; Bolsa Família apenas "dá" dinheiro. Ele partiu de um tostines: é pobre porque não estudou ou não estudou porque é pobre? A Bolsa Escola rompe o círculo vicioso.
Tem um projeto de nação: revolução pela educação. Exemplifica com países como a Coréia do Sul, que era mais atrasada que nós, investiu pesado em educação, e entrou para o time dos desenvolvidos. Contudo, não faltam bobocas que ironizem, chamando-o de "candidato de uma nota só". No país em que as elites se refestelam à custa do ignorantismo, falar em revolução, e pela educação, é subversão. Graciliano diria que Cristovam não pega porque o povo não sabe o que é "federalização". Ele exemplifica com o Banco do Brasil: as agências têm boa aparência, são bem equipadas e os funcionários, contratados por concurso federal, ganham o mesmo salário em todo o país. Por que não "federalizar" as escolas? Mas pobre do país em que se propõe uma revolução pela educação e os jornalistas perguntam: "Quanto custará fazer isso?" Ele responde com outra pergunta: "Quanto custará não fazer?" E propõe outro tostines pra você pensar:
"O Brasil vai ser educado quando ficar rico ou vai ficar rico quando for educado?"
......................................12

*publicado na Caros Amigos de Setembro

21.9.06

A virada de Alckmin!

Nada de mensalão, dossiê ou qualquer escândalo parece abalar iminente vitória de Lula, graças ao populismo do seu Bolsa-Esmola. Mas chegou a hora de transformar tudo isso!

Vamos unir a "massa" em prol de um projeto decente de país! A guinada de Alckmin vem aí apoiada pelo líder Bell Marque e a massa chicleteira! Tchá- tchá-tchá! Na palma da mão...
O carismático Geraldo Alckmin agora ganhou o apoio declarado do Rei do Axé* Bell Marques!

“Alckmin, nós estamos torcendo por você. É bom ter dirigentes à altura do país. Se depender do voto do Chiclete, o senhor está eleito” Bel Marques 30/04/06 na Micarande em Campina Grande. Folha de São Paulo 01/05/06.

Aliando o carisma de chuchu do canditado tucano à incrível consciência política dos chicleteiros esse projeto vai pra frente, salve salve chicleteiros! Será que as propostas incluem democratização das micaretas? Fim do apartheid social** do carnaval baiano?
Acho que não deve ser só cerveja e alienação pra todo mundo. Tchá-tchá-tchá! Na palma da mão... Vamo lá!

* perdão Luís Caldas, mas há muito tempo a coroa é dele
** Expressão billiewonderiana que remete à segregação carnavalesca ocorrida entre os nativos pobres e negros que ficam de fora do evento, separados por uma corda dos turistas brancos e ricos.

16.9.06

"O presídio é a lata de lixo social"

As fotos revelavam fatos que todos pareciam já saber: a precariedade do sistema carcerário capixaba e os maus-tratos aos presidiários. A frase que intitula esse texto, proferida posteriormente pelo professor Júlio Pompeu, sintetiza o modelo carcerário atual. Depois da exibição de algumas fotografias em um telão iniciou-se a palestra para as poucas mas interessadas pessoas que se dispunham a estar na Ufes sexta-feira à noite, horas antes do início de uma festa que haveria ali ao lado.

O tema era Mídia, Segurança Pública e Direitos Humanos. Infelizmente, os principais atores da polêmica que motivara a promoção desse debate não entrariam em cena. Isabel Lacerda, militante da Pastoral Carcerária, apontada na imprensa como aliada do crime organizado depois da divulgação de gravações de conversas suas com presos, não pôde comparecer. Marcus Monteiro, jornalista de A Gazeta que escreveu algumas das matérias sobre a militante, havia confirmado presença por telefone e e-mail mas cancelou de última hora alegando que não foi autorizado pela editora do jornal.

Apesar desse ponto fatual ter sido deixado um pouco de lado devido às ausências, o debate não deixou de ser bastante interessante.

(Continua...)

11.9.06

TUPINIKIM/GUARANI CONTINUAM AÇÕES PELA TERRA e Aracruz diz que eles "não são Índios"

Nos últimos dias 6 e 7 de setembro, índios Tupinikim e Guarani das aldeias de Aracruz, no Espírito Santo, derrubaram cerca de 10 hectares de eucaliptos na área que lhes pertence tradicionalmente, invadida e explorada pela empresa Aracruz desde os anos 60. O objetivo desta ação das comunidades indígenas é cobrar da FUNAI e do Ministério da Justiça o máximo de agilidade na edição da portaria de demarcação de 11.009 hectares, encerrando a disputa pela terra com a Aracruz que já dura mais de 35 anos.

A presidência da FUNAI, através do chefe-de-gabinete Raimundo José de Souza Lopes, se comprometeu a encaminhar hoje, 11 de setembro, o processo da terra Tupinikim/Guarani, inclusive o parecer da FUNAI sobre a contestação da Aracruz, para o Ministério da Justiça e para que o Ministro Márcio Thomaz Bastos emita, sem mais demora, a portaria de demarcação. O prazo para a FUNAI fazer este encaminhamento já venceu desde o dia 20 de agosto.

Os Tupinikim e Guarani decidiram manter as ações hoje, 11 de setembro, a limpeza da área dos 11.009 hectares dos eucaliptos que tanto causaram
problemas, danos ambientais e sociais e culturas às comunidades indígenas. Eles vão apenas derrubar as arvores de eucaliptos, não retira-las do local, reafirmando assim que a luta é pela terra, para que ela seja reflorestada, e novamente possa servir para o bem-estar das comunidades. E prometem manter estas ações de protesto até que a portaria de demarcação seja publicada.

A Aracruz Celulose reagiu publicamente às ações, afirmando como sempre que tem certeza de que as terras são de sua propriedade. E usou mais um argumento que surpreendeu a todos(as): afirmou na televisão (Jornal Capixaba, 06/09/2006) através do seu porta-voz Gessé Marques que "os índios não são índios", ou seja, se não são índios, não têm direitos a ocupar e reivindicar uma terra indígena. A empresa, na contestação apresentada no dia 20 de julho à FUNAI, sugere que a área em questão nunca foi habitada pelos Tupinikim, ou seja, os índios a quem a FUNAI se refere nos seus quatro estudos sobre as terras não serem índios. A empresa afirma que os "supostos" Tupinikim seriam já muito aculturados tendo, por exemplo, título eleitoral e não mais falando sua língua original. E os adornos usados e tradições mantidas tampouco seriam deles. Em relação aos Guaranis, a Aracruz afirma que eles simplesmente não seriam da região, jogando fora toda uma mitologia e modo de vida Guarani secular que levou o grupo a caminhar até a região do município de Aracruz, ainda antes da invasão da empresa em 1967, quando ficaram encantados com a quantidade de mata nativa ainda presente, antes da devastação empresarial.

A FUNAI, no seu parecer antropológico sobre a contestação da Aracruz, rebate as afirmações, no mínimo desrespeitosas, da empresa. O órgão oficial do Governo Federal escreve que "não são traços externos isolados entre si que permitem caracterizar um grupo como indígena". E mais, "tradição não é peça congelador, e as populações indígenas de que estamos tratando aqui tiveram que empreender grande esforço adaptivo para persistir como grupos indígenas ao mesmo tempo em que se viam incorporados nos contextos locais e regionais". Aliás, "quem não se adaptou foi aniquilado". Quando Aracruz quer submeter os Tupinikim a uma visão "romântica" daquilo que seria 'índio', ela "nega a possibilidade de os índios brasileiros serem tratados como cidadãos, respeitadas as especificidades de suas formas de organização social e política". Em outras palavras, estamos tratando aqui de uma empresa que demonstra uma total falta de compromisso com uma sociedade pluri-étnica, multi-cultural, onde direitos de populações indígenas, e outros grupos tradicionais, sejam plenamente respeitados, este sendo inclusive o espírito da Constituição Brasileira de 1988.

É importante que todos(as) divulguem (inter-)nacionalmente mais este desrespeito da Aracruz Celulose, uma visão desta multinacional, somada a todo o poder político-financeiro que possui, que está sendo divulgando amplamente entre seus trabalhadores e na opinião pública regional, buscando mais uma vez manipular o imaginário da população regional para que esta se (re)volte contra os Tupinikim e Guarani e contra sua justa luta. Ao mesmo tempo, trata-se de um ato de desespero de uma empresa que já fez reuniões no passado e até assinou acordos com a Comissão Tupinikim e Guarani e com a Associação Indígena Tupinikim e
Guarani. Como então esta empresa vem afirmar agora que "os índios não são índios"?

REDE ALERTA CONTRA O DESERTO VERDE - ES

11 de setembro de 2006

Comédias da vida pública


Assisti algumas vezes nesta eleição, ao horário eleitoral gratuito em que se exibiam os candidatos ao Governo do Estado. Uma das “figuras” chamou-me a atenção por desenhar um coração no ar.

- Em toda eleição há um pouco de comédia, pensei.

Afonso Sarlo é mais um desses “comediantes” que nos divertem e nos fazem rir da tristeza e do circo que a política tem tanto potencial para ser. Hoje, de relance, deparo-me com o horário eleitoral e lá está ele. Estava com uma camisa diferente da “aparição do coração”.

Parei para ver, ainda que estivesse pegando o bonde andando. Ele falava contra a corrupção e prometia combatê-la, quando de repente aparece um cinto na mão do candidato. Ele esbraveja “vou dar uma surra na corrupção”, ou coisa parecida. E foi o fim do tempo destinado a ele.

Particularmente não achei graça, mas foi, digamos, irreverente. Minutos depois acesso casualmente o site seculo diario e o que eu encontro? Entrevista com Afonso Sarlo, o próprio. O candidato afirma que sabe de suas parcas chances de vitória no pleito e que entrou na disputa para “conseguir provar ao povo capixaba que Hartung não é o candidato que todos esperam que ele seja”.

Além das críticas ao governador, Sarlo explica um pouco dessa aventura de se lançar como alternativa ao governo, sendo um empresário sem experiência alguma em política.

É, é uma aventura diferente. Mas eu aprendi uma coisa há muitos anos, quando perguntaram por que Sílvio Santos queria governar o país. Dele eu aprendi uma coisa: primeiro temos que transformar o país numa empresa. Numa empresa quem não faz um bom trabalho tem que ser posto pra fora. Daqueles casos ou naqueles casos que não podemos ter controle, há dinheiro suficiente para contratar pessoas capacitadas para aquele espaço ou aquele local. Então, se eu não entendo de área tributária, vou encontrar alguma pessoa que seja muito boa em tributação, ou seja, colocar em cada cargo a pessoa que seja capacitada para aquele cargo”.

10.9.06

Músico dá liçao em jornalista




Rodrigo Amarante, do Los Hermanos, "humilha" um jornalista preguiçoso e mal-informado.

9.9.06

More



Assistam, reflitam e comentem.
Abraços!

8.9.06

Recordar é viver...

Enquanto o horário eleitoral apresenta a nova safra de jingles e propagandas promocionais de candidatos, o Globo On line possibilita a recordação dos produtos de estratégias de outros tempos.

Jingles que marcaram época, nas campanhas de 89, 94, 98 e 2002 estão à disposição dos leitores. A coletânea faz parte do acervo do laboratório de pesquisa em comunicação política e opinião pública (DOXA / IUPERJ).

2.9.06

"Sarney tirou meu blog do ar"

Por Alcinéa Cavalcante
Revendo seu posicionamento anterior, o juiz eleitoral Luiz Carlos Gomes dos Santos acatou seis pedidos de liminar da coligação do senador José Sarney (PMDB-AP) e determinou hoje (01/09) que sejam retirados do ar seis "posts" do meu blog alcinea.zip.net e comentários de leitores, chegando ao absurdo de mandar retirar até os comentários onde os leitores me parabenizam pela minha luta pelo direito à liberdade de expressão.

Os posts que o TRE-AP determinou que fossem retirados são os seguintes:
- Gracinha do Sarney
- O blog Repiquete está fora do ar
- Elections: climat tendu dans l'Amapá (transcrito do site
www.brasilyane.com)
- Sarney se queixa ao bispo (transcrito do site
www.claudiohumberto.com.br)
- Desistam. Suas ameaças não vão me calar
- e a relação de links para blogs e sites divulgada dia 27.
Em menos de uma semana, Sarney moveu nove ações contra meu blog. O advogado de Sarney chama-se Fernando Aurélio de Azevedo Aquino, funcionário concursado do Senado Federal.
No momento em que eu estava cumprindo a determinação judicial, o UOL no maior desrespeito ao assinante, aos leitores e à liberdade de expressão, tirou o meu blog do ar, repetindo a presepada que já havia feito com a minha irmã Alcilene Cavalcante no dia 24.
O meu blog alcinea.zip.net era o mais lido e comentado do Amapá. Recentemente, num concurso foi eleito "O blog mais bacana do Amapá". Mas não vou me calar.
Agora estou no http://alcinea.blig.ig.com.br
Estou negociando asilo para o meu blog no exterior, provavelmente ainda hoje estarei também no endereço
http://alcinea.blog.com
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